23 setembro, 2011

Coturnos.

Este é um texto que "redigi" em meio á uma completa confusão de pensamentos. Meus dedos não conseguiam acompanhar a rapidez de minhas ideias... Por isso, há assuntos inacabados e mudanças repentinas dos mesmos, ou seja, uma confusão. Mas, resolvi mantê-lo assim, pois é um fiel relato acerca de meus sentimentos.


  Luzes piscantes em minha janela. Eu não sei o que estou fazendo aqui. Na verdade, nunca soube. Minha vida sempre esteve sendo arrastada.
  Não tenho vontade de nada, não sinto, nada. Sinto-me totalmente vazia.
Não sei como cheguei á esse ponto em minha vida. As coisas parecem ser tão complicadas, tudo. A vida é complicada! Ela nos pede para acordarmos na manhã seguinte e levarmos os velhos padrões da sociedade á diante.
  Algo dentro de mim não quer seguir o que deveria ser seguido. Eu me sinto perdida. Me sinto só. Mas eu me sinto. Eu sei que estou aqui, não sei até quando, como ou porque, mas estou!
  Sinto cheiro de apartamentos com pisos lustrados, móveis brancos, melancolia, chuva, noite, nostalgia, pratos, água, roupas.
  Eu sei que tenho que fazer algo, me movimentar. Mas, parece tão menos doloroso ficar aqui. Sem me mover.
  Eu sinto saudade de alguma coisa. Saudade de algo que eu não sei o que é. Mas sinto. Ultimamente, as pessoas têm me cansado. Elas são tão enfadonhas e alheias á elas mesmas.
  Queria passar um tempo em New York. Andar por aquelas ruas com seus enormes prédios, sentir o asfalto sob meu pés. Caminhar na chuva, sozinha, usando coturnos Dr. Martins.

de outrora:  15/03/11.

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